Tivemos na região norte do RS uma precipitação média de 130 milímetros em 4 dias, chuvas além da média e que causaram grandes prejuízos em algumas culturas.
A cultura que mais sentiu os efeitos destas chuvas foram as aveia, preta e branca, pois a maioria das lavouras estavam em fase final de formação de grãos e não resistiu ao acamamento. Muitas propriedades aguardavam mais alguns dias para fazer a silagem, mas infelizmente não sobrou aveia para ser guardada no silo, enquanto que a cultura de trigo da variedade TBIO Energia I não teve um relato de acamamento, estando todas as lavouras em perfeito estado e aguardando mais algumas semanas para iniciar o processo de colheita do material.
Produtores que irão fazer silagem do TBIO Energia I devem realizar o processo de ensilagem quando o material apresentar em torno de 32 a 38% de MS (matéria seca), isto é alcançado em média de 110 a 120 dias após a semeadura, estando o grão em estádio de massa mole ou pastoso. Para realização de pré-secado o melhor ponto de corte é no final do emborrachamento e começo do florescimento que na maioria das regiões ocorre entre 80 e 90 dias após a semeadura.
Para aquelas lavouras que estão em início de espigamento é importante ressaltar a necessidade de aplicação de mais uma dose de fungicida, isto garantirá uma melhor qualidade de folha e maior produção de grãos, itens importantíssimos para alcançar produtividade com qualidade.
Diferentemente da cultura trigo grão onde busca-se que a planta seque rapidamente e uniformemente, na de trigo para silagem queremos uma planta verde no momento da colheita, mas com baixa umidade na planta, ou seja, maior teor de MS. Uma prática utilizada para alcançar isto no momento de fazer a silagem é utilizar uma aplicação nitrogenada no florescimento, além de fazer com que a planta permaneça mais verde irá também melhorar a qualidade da silagem, principalmente em termos de teor de PB (Proteína Bruta).